quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O ASSINALADO



Tu és o Louco da imortal loucura,
O louco da loucura mais suprema.
A terra é sempre a tua negra algema,
Prende-te nela a extrema Desventura.

Mas essa mesma algema de amargura,
Mas essa mesma Desventura extrema
Faz que tu'alma suplicando gema
E rebente em estrelas de ternura.

Tu és o Poeta, o grande Assinalado
Que povoas o mundo despovoado,
De beleza eterna, pouco a pouco.

Na Natureza prodigiosa e rica
Toda a audácia dos nervos justifica
Os teus espasmos imortais de louco!

Cruz e Sousa

2 comentários:

Analice disse...

Ola,

estava passeando pelos blogger e encontrei o seu, dei lida em alguns dos seus post.

parabens e boa sorte,

analice,

Abner Martins disse...

parabéns pelo poema, gostei.

siga-me tbm: abnerlmesmo.blosspot.com
irá gostar do que verás.