quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Passos Coelho o "Piegas".

Tirando uma ou outra greve sectorial, as pessoas parecem conformadas a aceitar as dificuldades, provavelmente na esperança de que ultrapassada este fase, possamos um dia respirar de alívio...e ter um País melhor.Mas este silêncio tem de ser respeitado!

É um povo inteiro a tentar AGUENTAR.O mesmo povo a quem há menos de um ano este senhor até "pedia desculpas"com um ar ligeiramente "piegas".

A verdade é que aquele sorriso generoso e compreensivo vai caindo, desaparecendo (talvez esteja a ficar fora de prazo). Em vez disso cresce um ar mal humorado, ameaçador(custe o que custar) e agora o "sejam menos piegas" como se fôssemos putos mimados...

Alguém devia explicar a este cavalheiro (que vai deixando cair a máscara) que quem semeia ventos...colhe tempestades.

Já nos basta "aquele" que se foi embora e diz que não está arrependido de nada.Para "pouca sorte", já chegava.

Permitam-me que lembre António Aleixo quando dizia:

VÓS QUE LÁ DO VOSSO IMPÉRIO
PROMETEIS UM MUNDO NOVO
CALAI-VOS QUE PODE O POVO
QUERER UM MUNDO NOVO A SÉRIO

...e depois pode ser tarde demais...podemos mesmo ficar menos "complacentes"
Alguém deseja isso? E depois,como se estanca a corrente?

"Jornal de Angola" ataca Acordo Ortográfico e não aceita negócios

A polémica em torno do Acordo Ortográfico continua. Agora é a vez dos angolanos, que ainda não o ratificaram, criticarem duramente as novas regras. O “Jornal de Angola” faz duas críticas, em editorial, ao acordo, na sequência da reunião, em Lisboa, dos ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

“Ninguém mais do que os jornalistas gostava que a Língua Portuguesa não tivesse acentos ou consoantes mudas. O nosso trabalho ficava muito facilitado se pudéssemos construir a mensagem informativa com base no português falado ou pronunciado. Mas se alguma vez isso acontecer, estamos a destruir essa preciosidade que herdámos inteira e sem mácula. Nestas coisas não pode haver facilidades e muito menos negócios. E também não podemos demagogicamente descer ao nível dos que não dominam correctamente o português”, escreve o “Jornal de Angola”, um dos países que não ratificou o Acordo Ortográfico.

O jornal defende que “os que sabem mais têm o dever sagrado de passar a sua sabedoria para os que sabem menos”, mas “nunca descer ao seu nível”, porque “é batota”.

E a seguir faz um apelo para que as diferenças entre os países sejam respeitadas. “Uma velha tipografia manual em Goa pode ser tão preciosa para a língua portuguesa como a mais importante empresa editorial do Brasil, de Portugal ou de Angola. O importante é que todos respeitem as diferenças e que ninguém ouse impor regras só porque o difícil comércio das palavras assim o exige. Há coisas na vida que não podem ser submetidas aos negócios, por mais respeitáveis que sejam, ou às leis do mercado”. “Os afectos não são transaccionáveis”, acrescenta.

O Acordo Ortográfico não foi ratificado por Angola e Moçambique e esse foi um dos aspectos invocados por Vasco Graça Moura, director do Centro Cultural de Belém, para defender que as novas regras não devem ser aplicadas em Portugal, o que já está a acontecer nos serviços do Estado. O escritor, assim que chegou ao CCB, decidiu deixar de aplicar o acordo e o assunto chegou mesmo a ser discutido no parlamento com o líder da oposição, António José Seguro, a pedir ao primeiro-ministro para “desautorizar” o novo presidente da instituição. O governo deu razão a Graça Moura e, pelo menos até 2014 não há acordo no CCB.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O Acordo Ortográfico e um país de lunáticos.

Vasco Graça Moura, o Acordo Ortográfico e um país de lunáticosPosted on 03/02/2012por 4 0 i
Vasco Graça Moura, novo presidente do Centro Cultural de Belém, mandou retirar todos os conversores ortográficos dos computadores do CCB e determinou que fosse utilizada a antiga ortografia. Se Graça Moura, o poeta e escritor, pode ter uma posição pessoal sobre o assunto, é duvidoso que Graça Moura, o funcionário, possa impor essa visão aos trabalhadores subordinados apostados em cumprir a lei.Este aspecto, assim comentado, ignora no entanto a fundamentação exposta por VGM:“o Acordo Ortográfico não está nem pode estar em vigor”, já que, diz, na ordem jurídica portuguesa, “a vigência de uma convenção internacional depende, antes de mais, da sua entrada em vigor na ordem jurídica internacional”. Refere-se ao facto de Angola e Moçambique ainda não terem ratificado o AO, de que são subscritores, recusando os efeitos do “segundo protocolo modificativo”, assinado em 2004, que prevê que o AO entre em vigor desde que três países o ratifiquem. O ex-eurodeputado do PSD lembra ainda que o próprio AO exige que, antes da sua entrada em vigor, os Estados signatários assegurem a elaboração de “um vocabulário ortográfico comum da língua portuguesa”, algo que, alega, nunca foi feito. E defende que o acordo “viola os artigos da Constituição que protegem a língua portuguesa, não apenas como factor de identidade nacional mas também enquanto valor cultural em si mesmo”.Não sei se, à luz do direito, assim é, mas, segundo o mesmo artigo do jornal Público, esta discussão surge “num momento em que crescem, dentro do próprio PSD, as vozes que se opõem ao acordo”.Ora, aqui é que a porca torce o rabo: num momento em que se escreve a duas velocidades, em que há escolas onde já se ensina segundo o AO, em que crianças aprendem a escrever sob as novas normas, em que jornais, revistas e editoras alteraram a ortografia, é que estes senhores se lembram de levantar as vozes contra algo que o seu partido deixou entrar em vigor no início do ano?Um país de lunáticos irresponsáveis, é o que é.