quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O problema do País é gravíssimo...


A Banca também não ajuda, como solução.

O problema do País é gravíssimo, e o mês de Agosto está a fazer escorrer para o início de Setembro todas as desgraças.

Quando pais e mães sentirem tremendas dificuldades para ter a miudagem nas escolas, dar-lhes de comer, transportes e conseguirem os próprios se alimentarem e pagar dívidas, quando não houver forma de cumprir compromissos que foram sendo empurrados até ao limite, quando tudo estiver a rebentar, tudo, vai ser catastrófico. E está perto.

Ninguém escapará, mesmo que nunca tenha tido uma divida. E não vão chegar os chineses que compraram – e vão continuar – empresas já feitas, já instaladas, com clientela assegurada, mas sem criar novos postos de trabalho – nem um – , não vão chegar uns apoios pífios aos primeiros empregos, com reduções de encargos pela entidade empregadora, não vão chegar pais/mães reformados que já mal sobrevivem a dar dinheiro aos filhos em crise.

Ou se reestrutura tudo, mesmo tudo, acabando com privilégios, acima do bom senso que para muitos ainda vigoram – os intocáveis do sistema – fundido , já, Institutos, freguesias, Câmaras, Empresas Publicas, e tudo o mais que faz empobrecer em milhões a cada dia que passa o nosso País, e acabando-se com mordomias, ou nem cacos teremos para recolher. Nem chineses a nos valer.

E quanto ao papel da Banca? Ainda não se conseguiu encontrar o verdadeiro “culpado” , se a banca que incentivou, facilitou todo o tipo de créditos, à habitação, aos moveis, ao automóvel, às férias, ao consumo, se o cidadão que achou que à custa de dinheiro que não tinha, mas que o Banco de sempre ou outro, lhe emprestava, tudo podia “ter” e um dia, lá muito para a frente, pagaria. Quem souber, quem conseguir, que descubra aqui, quem nasceu primeiro: galinha ou ovo, ou seja Banca ou cidadão.

No dia 1 de Setembro mais pessoas não vão conseguir pagar contas como o faziam há 4 anos, dado que tudo mudou. O País deixou de viver acima das suas possibilidades, e ao acertar o nível, todos os compromissos de país rico que passou a remediado, são totalmente impossíveis de cumprir, se não forem alterados.

Assim, cabe também à banca, pensar e melhor agir, renegociando tudo, repensando tudo, seja baixando juros, seja alargando prazos para resolução das dívidas, que vão num crescendo interminável.

Se o não quiserem fazer, como até aqui, serão os fieis depositários de milhares de casas, apartamentos, andares, automóveis e de tudo o mais que foi adquirido a crédito, a tudo isto não tendo como dar destino, – não vão vender aos chineses e angolanos e brasileiros, - e continuando família a família a falir, os bancos também não se vão aguentar, como se fossem oásis na terra de ninguém. Rebentarão, também.

Ao ser tudo repensado – já devia ter sido – os juros baixam, os prazos alargam, tudo será diferente. E claro, os bancos terão menos riqueza, mas irão não sufocar as famílias portuguesas. Nem auto- aniquilarem-se.

Mas como é evidente novos créditos a habitação, automóvel, móveis, férias, consumo, nunca, nunca, nos anos próximos! Acabou!

Ou passa a haver entreajuda e todos a fazerem parte da solução, ou o descalabro será geral, quando para nada dinheiro existir. E aí já nem da Banca precisamos. Por acaso quem escreve “isto” não tem qualquer crédito, logo não é para se proteger, antes para ver se o País e os seus concidadãos sobrevivem com alguma decência. E claro o próprio, dado que sem País, não sabe onde ficar!


Augusto Küttner de Magalhães
Agosto de 2012



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